Plasma fibrinogen and C-reactive protein in dogs

Abstract

Os exames complementares são de suma importância para auxílio no diagnóstico, prognóstico e tratamento adequado dos animais. Em geral, na clínica de pequenos animais, o meio laboratorial mais utilizado para a identificação e avaliação de processos inflamatórios é o leucograma. Por isso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o fibrinogênio plasmático e a proteína C-reativa como ferramentas suplementares no diagnóstico de processos inflamatórios em cães, correlacionando-os ao leucograma e status clínico do animal. Para isso, após o cálculo de tamanho da amostra, considerando a população estimada de cães residentes na zona rural do município de Curuçá-PA, foram avaliados cães sadios e não sadios selecionados aleatoriamente. Realizou-se o exame clínico e coleta de sangue para o hemograma, fibrinogênio e proteína C-reativa. Do total de 149 animais, identificou-se que 17,4% (26/149) apresentaram hiperfibrinogenemia, 39,6% (59/149) reação positiva no teste de proteína C-reativa e 48,3% (72/149) leucocitose, sendo que em 63,8% (46/72) dos animais, a leucocitose era por neutrofilia. Quando avaliada a relação proteína plasmática:fibrinogênio dos animais com hiperfibrinogenemia, constatou-se que dos 26 cães, em 84,6% (22/26) o aumento estava relacionado a processos inflamatórios. Os resultados demonstram que o fibrinogênio e a proteína C-reativa são promissores para identificação de processo inflamatório em cães, antes mesmo da apresentação de sinais clínicos, portanto, podem ser considerados métodos suplementares na rotina de atendimentos, com o objetivo de detectar processos inflamatórios recentes e que ainda não foram identificados no leucograma.